
captura de tela do Facebook
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[Actualizado: 23.09.2015] A caravana com ajuda portuguesa chegou à Croácia. Cerca de 60 toneladas com ajuda humanitária partiu de Lisboa, na sexta-feira (19.09), tendo como primeiro destino a Hungria mas a organização entendeu quedar-se pela Croácia, por questões logísticas:
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(…) Após vários contactos e visitas a diferentes ONG feitos nos últimos dias, e devido ao elevado volume e valor da carga transportada de Portugal (mais de 60 toneladas de roupa, medicamentos, comida, artigos de higiene pessoal e brinquedos), a Cruz Vermelha Croata revelou-se o parceiro mais adequado devido à sua capacidade de assegurar a segurança e boa recepção destes donativos em armazéns próximos de zonas de necessidade. A sua escala, boa organização e capacidade de distribuição foram cruciais nesta decisão.
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Depois da trágica descoberta de Alan Kurdi, a criança refugiada encontrada morta na praia, um grupo de lisboetas reuniu-se numa campanha de solidariedade para recolher donativos e levar aos refugiados que estão na Hungria. Começaram por criar uma página no Facebook onde explicam como surgiu a ideia:
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A imagem de Aylan Kurdi despertou o mundo para esta crise.
nEsta iniciativa tem o nome dele e deve-lhe grande parte da inspiração.
nEsta caravana de vários veículos é uma iniciativa da sociedade civil e pretende levar aos refugiados na Hungria, comida, roupa, brinquedos, produtos de higiene pessoal e vários bens de primeira necessidade.
nSerá uma sólida demonstração da solidariedade do Povo Português.
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A organização conseguiu mobilizar todo o país em apenas cinco dias, com a ajuda das redes sociais e dos media.
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“Tudo começou de forma espontânea“, dizem os organizadores. A recolha e o armazenamento foi se compondo à medida que iam recebendo o apoio das empresas que forneceram ajuda com a logística e cobriram alguns custos. “Começamos com 5 carrinhas e já conseguimos 15″, declararam à imprensa acrescentado que “também conseguiram um camião para levar até à Hungria”.
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[Actualizado: 01.10.2015] Os donativos foram entregues à Cruz Vermelha, junto da fronteira com a Sérvia, para serem distribuídos posteriormente:
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A decisão foi tomada esta segunda-feira depois de uma reunião com a Cruz Vermelha da Croácia. O tamanho e o valor da carga obrigaram a alterar a logística, pois era impossível levar os camiões TIR diretamente aos campos de refugiados.
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A colheita dos donativos organizou-se em vários pontos do país. A organização conseguiu estabelecer pontos de recolha em cidades como Porto, no norte, Leiria no centro e Lisboa onde se estabeleceu um armazém como base da operação. Os bens recolhidos foram roupas, brinquedos, comida e bens de primeira necessidade.
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Para além dos voluntários que ajudaram na recolha dos bens doados pelos portugueses, foram também solicitados motoristas que se voluntariassem para conduzir as carrinhas e os camiões.
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Ponto de situação: Podem continuar a recepção das doações em vossas casas e nos vossos locais de trabalho.
n. Várias IPSS, empresas e organizações estão a receber as doações.
n. A partir de segunda temos carrinhas ligeiras para iniciar a recolha, basta enviarem morada e descrição da mercadoria com fotos de preferência.
n. Já temos o apoio de várias grandes empresas Portuguesas, tanto para doar bens como para a logística de armazenamento e transporte.
n. Vamos ter 3 armazéns, Porto, Leiria e Lisboa onde vamos concentrar os bens.
n. Mantemos o prazo de partida para Sexta 18.
nMais uma vez obrigado a todos.
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O Global Voices falou com Maria Miguel Ferreira, voluntária do projecto, antes da caravana partir. Maria referiu que os planos da campanha “podiam alterar-se a qualquer momento”.
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Estamos em contacto com várias ONG na Hungria, estamos a identificar zonas de passagem nas fronteiras com outros países, mas as ONG actualizam-nos numa base diária sobre onde se pode aceder e aquilo de que precisam. Por esse motivo, a decisão das zonas dentro da Hungria onde nos vamos dirigir e das ONG com que vamos interagir só será tomada mais próximo da data de chegada.
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Questionada sobre dar seguimento a esta campanha com novas acções de solidariedade, Maria responde que “os esforços estão concentrados nesta caravana”.
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Antes de enviarem os seus donativos, as pessoas tiravam fotografias e publicavam no Facebook. Xana Alves, publicou esta imagem para demonstrar aos seus filhos que se deve ser solidário:
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Tudo empacotado! Agora vamos passar num dos pontos de recolha Aylan Kurdi Caravan.
nPode não parecer muito, mas achamos que este gesto faz com que os nossos filhos cresçam a perceber que fazer pelos outros vai muito para além do “post solidário” nas redes sociais. Sem querer ser moralista. Só para partilhar convosco.
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No inicio do mês de Setembro, o corpo de Alan Kurdi, de 3 anos, e do seu irmão Galip, com 5, deram à costa de uma estância balnear na Turquia. A imagem da criança de 3 anos foi capa de jornais de todo o mundo levantando uma tremenda onda de solidariedade com os refugiados sírios.
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Este es el homenaje de arena al pequeño #AylanKurdi en la playa http://t.co/TbdLYRYTav pic.twitter.com/UvmWgGyIDU
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— El Popular (@elpopular_pe) September 8, 2015
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Esta construção de areia é uma homenagem ao pequeno #AylanKurdi na praia.
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[Actualizado: 01.10.2015] A missão Aylan Kurdi Caravan terminou com sucesso e a equipa de voluntários regressou a casa, de acordo com esta mensagem publicada no Facebook.
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A missão Aylan Kurdi Caravan cumpriu-se e a equipa está de regresso. Amanhã a Cruz Vermelha da Croácia começa a distribuir as doações portuguesas no principal centro de apoio aos refugiados na Croácia.
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