março 12, 2025

Governo do Paraná decide futuro de Guaranho: regime fechado ou aberto?

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O futuro de Jorge José da Rocha Guaranho, ex-policial penal condenado pelo assassinato do petista Marcelo Arruda, está nas mãos do governo do Paraná. O desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Estado (TJPR), determinou que o Complexo Médico Penal (CMP) se manifeste sobre a viabilidade de abrigar Guaranho, que tenta converter sua pena de 20 anos de prisão para um regime mais brando.

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A decisão empurra o impasse para Ratinho Júnior (PSD), já que o CMP é administrado pela Secretaria da Segurança Pública do estado. O governador, que busca se consolidar como alternativa da direita em 2026, vê-se agora em uma encruzilhada política: atender ao clamor bolsonarista ou preservar sua relação com o governo Lula, do qual seu partido, o PSD, é aliado.

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TJPR reavalia laudo pericial sobre estado de saúde de Guaranho

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A reviravolta no caso ocorre após a apresentação de um laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML). O relatório analisa as condições médicas de Guaranho e servirá como base para definir se o condenado poderá ou não cumprir a pena em regime fechado. Inicialmente, o desembargador havia concedido liminar favorável ao assassino, mas, diante da repercussão negativa, optou por aguardar o parecer técnico.

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Com a decisão, o TJPR determinou que o CMP responda se possui estrutura adequada para manter o detento ou se será necessário buscar uma alternativa menos restritiva. A medida gera questionamentos sobre privilégios concedidos a criminosos com ligações políticas.

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Governo do Paraná pressionado entre bolsonarismo e alianças políticas

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A posição do governo Ratinho Júnior nesse caso pode ter forte impacto eleitoral. De um lado, setores do bolsonarismo pressionam por um tratamento diferenciado a Guaranho, visto como um “soldado” da causa ideológica. Do outro, a proximidade do PSD com o governo federal pode impedir o governador de ceder a essas pressões sem desgastes internos.

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O partido de Ratinho Júnior tem três ministros no governo Lula e flerta com uma aliança para 2026, o que o coloca numa posição delicada. Caso acate a conversão da pena de Guaranho para um regime mais brando, poderá ser visto como alinhado à extrema direita. Se mantiver a condenação original, arrisca-se a perder apoio de setores conservadores que ainda tentam minimizar a gravidade do crime cometido.

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Complexo Médico Penal abriga presos políticos e notórios

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O Complexo Médico Penal, localizado em Pinhais, já recebeu presos de alta repercussão nacional. Dentre os detentos mais famosos que passaram por lá, estão nomes da Operação Lava Jato, como Eduardo Cunha, José Dirceu e Marcelo Odebrecht. O presídio é destinado a internos que necessitam de tratamento médico ou psiquiátrico, mas também abriga policiais condenados e detentos de alta periculosidade.

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Se o CMP alegar incapacidade de manter Guaranho preso, abre-se um precedente perigoso para criminosos influentes buscarem regimes mais brandos com base em questões médicas –segundo o Ministério Público do Paraná.

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Uma decisão com repercussão política e jurídica

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O desfecho do caso Guaranho não é apenas jurídico, mas também político e estratégico. O governador Ratinho Júnior precisará equilibrar pressões da direita, compromissos partidários e expectativas da sociedade ao decidir o destino do assassino de Marcelo Arruda.

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Independentemente da resposta do CMP, uma coisa é certa: o caso continuará gerando repercussão e poderá impactar o cenário eleitoral de 2026. O governo do Paraná tem em suas mãos um dilema que pode redefinir seu alinhamento no tabuleiro político nacional.

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Indecisos
Governo Ratinho Júnior terá de decidir entre regime fechado ou aberto para Guaranho.

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