A direita bolsonarista ataca Lula pela nomeação de Gleisi Hoffmann para a Articulação Política

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (28) a nomeação da deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para chefiar a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), pasta responsável pela articulação política do governo com o Congresso Nacional e demais entes federativos. A decisão provocou reações imediatas e polarizadas entre a base governista e a oposição bolsonarista.

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Enquanto petistas comemoram a escolha de uma aliada de confiança de Lula, setores da oposição no Congresso veem a nomeação como um risco para a governabilidade, devido ao perfil combativo de Gleisi. O impacto da decisão pode definir os rumos da governabilidade do terceiro mandato de Lula, especialmente em um cenário de queda de popularidade do governo e dificuldades na articulação política.

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Reação no meio político

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Apoiadores e base petista

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A nomeação foi bem recebida por setores do PT e aliados próximos de Lula. Gleisi Hoffmann, ao confirmar o convite, afirmou em sua conta no X (antigo Twitter) que encara o cargo “com imensa responsabilidade” e reforçou sua crença de que “o exercício da política é o caminho para avançarmos no desenvolvimento do país e melhorar a vida do nosso povo.

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O próprio Lula reforçou a escolha em publicação no X, dizendo que Gleisi “vem para somar” na interlocução com o Legislativo e outros entes federados. Aliados enxergam a nomeação como um reconhecimento pelo trabalho de Gleisi à frente do PT desde 2017 e sua capacidade de articulação nas campanhas presidenciais de 2018 e 2022.

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O presidente do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, comemorou a escolha do presidente Lula.

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“Com muito orgulho quero parabenizar minha irmã, minha guru política, minha grande companheira Gleisi, pela indicação para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. O presidente Lula acertou mais uma vez! Que boa notícia!”, publicou Chiorato em suas redes sociais.

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Oposição de direita

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A escolha de Gleisi Hoffmann causou desconforto entre parlamentares de extrema direita, que manifestaram preocupação com sua suposta falta de traquejo para dialogar com diferentes espectros políticos. De acordo com a Jovem Pan, interlocutores dos extremistas desconfiam da capacidade de Gleisi de conduzir negociações delicadas, citando seu perfil ideológico forte e pouco conciliador.

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Na oposição aberta, além do off, as críticas também foram ainda mais contundentes. O deputado Filipe Barros (PL-PR) ironizou a decisão, afirmando que “Lula insiste nos mesmos erros esperando resultados diferentes”. Outro bolsonarista, o senador Marcos Rogério (PL-RO), acusou o governo de “se fechar em uma bolha ideológica” ao escolher uma petista histórica para um cargo que exige interlocução ampla.

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Repercussão na Imprensa

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Folha de S. Paulo

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A Folha de S. Paulo destacou que a posse de Gleisi está marcada para 10 de março e ocorre em um momento crítico para o governo, com pesquisas apontando queda na popularidade de Lula. A escolha foi vista como uma tentativa de fortalecer a articulação política, mas também como um suposto risco de maior isolamento em relação ao Congresso.

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Gazeta do Povo

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A Gazeta do Povo analisou a nomeação como um movimento que reforça a influência do núcleo duro do PT no governo. “Especialistas” consultados pelo jornal avaliam que a mudança pode supostamente dificultar a interlocução com o Legislativo, especialmente na Câmara, onde o governo [supostamente] enfrenta dificuldades em aprovar pautas prioritárias. [Não há evidência de uma única pauta de interesse do Palácio do Planalto não tenha sido aprovada até agora.]

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Jovem Pan

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A Jovem Pan enfatizou as supostas críticas da extrema direita e classificou a decisão como “arriscada”, apontando que o deslocamento de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde faz parte de uma estratégia de reforma ministerial mais ampla. No entanto, o veículo não declinou nomes para sustentar a narrativa.

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UOL

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O UOL considerou a nomeação uma reviravolta, uma vez que, até dias antes, Gleisi era cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência. O portal destacou que a mudança impactará o comando do PT, com a eleição interna do partido marcada para julho, abrindo caminho para José Guimarães (PT-CE) como possível sucessor de Gleisi.

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Impacto no Mercado Financeiro

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A nomeação de Gleisi Hoffmann foi recebida com suposto pessimismo pelos investidores, segundo os jornalões. Conhecida por suas críticas ao arcabouço fiscal e às diretrizes econômicas do ministro Fernando Haddad, sua chegada à articulação política levantou receios sobre a condução da agenda econômica do governo.

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Nas redes sociais, conservadores apontaram que “o Ibovespa despencou” após o anúncio, mesmo diante de notícias positivas do mercado externo, como o crescimento do PIB dos EUA. Essa reação, de acordo com a extrema direita, reflete a percepção de que a escolha de Gleisi pode indicar um endurecimento da postura do governo em relação às pautas econômicas defendidas pelo mercado.

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Sentimento nas redes sociais

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A polarização da nomeação ficou evidente nas redes sociais:

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Críticas: Usuários bolsonaristas afirmaram que “Lula enterra qualquer chance de chegar a 2026 com bons índices de popularidade”, citando a passagem de Gleisi pela Casa Civil de Dilma como um “desastre”.

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Apoio: Militantes petistas elogiaram a decisão, destacando a lealdade de Gleisi a Lula e sua experiência na organização partidária.

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Análise geral

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A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais reflete a tentativa do governo Lula de consolidar sua base ideológica em um momento de dificuldades políticas e econômicas. Para os apoiadores, a escolha traz força e fidelidade ao governo, garantindo uma interlocução alinhada com o núcleo petista. Para os críticos, a decisão pode aumentar o isolamento político do governo e dificultar as negociações no Congresso –o que pode ser apenas uma torcida dos extremistas de direita.

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O verdadeiro teste para Gleisi começará em 10 de março, quando assume oficialmente a articulação política. A grande questão que fica no ar: será que sua nomeação significará que Lula dará um cavalo de pau na economia ou aprofundará a predominância do mercado financeiro? O tempo dirá.

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