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No último fim de semana tive o prazer de desbloquear mais uma badge na ~vida loka~ blogueira. A convite de Red Bull, meu companheiro de aventuras (tomando o slogan emprestado do achocolatado instantâneo que há algum tempo não se aplica à tal posto), pude conferir de perto a final latino-americana do campeonato mundial de breakdance Red Bull BC One, em Belém do Pará – onde, para qualquer centro-sulista brasileiro, pode ser considerado carinhosamente "coração da floresta amazônica".
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A experiência começou enfrentando muitas milhas quilômetros até chegar ao segundo maior estado brasileiro (se fosse um país, ainda seria o 22º maior do mundo em extensão territorial). Lá onde a castanha-do-Pará é conhecida apenas como "castanha", e a Fafá de Belém é conhecida apenas como "Fafá".
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A primeira imagem que vem à mente ao desembarcar no aeroporto é o mapa climático brasileiro, com as palavras bem grifadas na parte superior: quente e úmido.
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Não é à toa que o povo do Norte (de Westeros) vive se perguntando se o inverno está chegando… Não tem ar-condicionado que dê jeito na sensação de sauna natural. Às dez da noite.
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Mas, sem nenhuma demagogia, o calor humano e a receptividade (totalmente fora do normal para um carioca residindo em São Paulo há 3 anos) do povo paraense faz você esquecer na hora qualquer incômodo com o clima. Claro que uma cerveja gelada de bacuri, açaí ou cupuaçu, nas docas à beira-rio, também ajuda bastante.
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Depois de apreciar dois dos mais fantásticos patrimônios culturais da região (as comidas típicas e as aparelhagens do tecnobrega), chegou a hora de finalmente ver de perto os melhores b-boys (nome dado aos atletas/dançarinos) da América Latina se enfrentarem na arena.
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A partir da minha própria experiência, posso afirmar com segurança que mesmo alguém sem qualquer conhecimento ou envolvimento com o rap, o breakdance ou a cultura hip hop, ainda assim estaria suscetível a fortes emoções – manifestadas em alguns arrepios.
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Assim como numa grande decisão de cinturão no MMA, o clima do evento era de muita euforia e rivalidade, com a diferença que depois da festa da torcida os desafiantes não entram em cena para trocar sopapos, mas para promover um espetáculo de dança inacreditável – incluindo aí alguns dos combates mais tensos e disputados que já presenciei. O amigo Gui Toledo, que esteva do meu lado na hora que a primeira batalha começou, até deixou escorrer uma lágrima de emoção genuína (ou, quem sabe, foi apenas um cisco de cipó que caiu em seu olho).
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Com o decorrer dos duelos (que em muitos momentos lembram os bons filmes de torneios de artes marciais como "O Grande Dragão Branco") a coisa vai ficando ainda mais (in)tensa e você mal consegue aproveitar o show do intervalo com a Gang do Eletro botando a galera pra tremer.
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Por fim, o gingado e a malemolência brasileira tiveram suas honrarias mantidas com a vitória avassaladora do b-boy paulista Luan dos Santos, de 23 anos, que vai representar as cores do Brasil na finalíssima do mundial em Paris no fim do ano.
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Ainda que eu tentasse descrever em palavras a fodacidade toda da parada, creio que seja o caso de empregarmos alguns recursos audiovisuais para transmitir um pouco mais da emoção contagiante do Red Bull BC One.
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Abaixo você confere os melhores momentos no vídeo oficial do evento:
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Veja todos os detalhes do que rolou nessa aventura selvagem no site de Red Bull BC One!
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